Patos que inauguram o nosso Blog
Tanto o título como o subtítulo deste nosso primeiro texto traduz-se, fácil e rapidamente, em alguma estranheza por parte de quem o lê. Muito mais estranho parecerá se os tentarmos inscrever na primeira página de um Blog de uma Clínica de Psicologia. Porém, precisamos de contar esta história para que se entenda como é que chegamos até aqui, pelo que esperamos conseguir conquistar a sua atenção!
Os patos são animais sociáveis que andam sempre em bando. Além dos incríveis amigos que partilhavam o espaço com estes - os pinguins que nos presenteiam no fundo destas telas - este pato em particular era um animal simpático que notoriamente gosta das câmaras. Vive num espaço protegido, onde as suas características são auscultadas, as suas necessidades são observadas e garantidas, promovendo-se um trabalho que deixe prevalecer um ambiente isento de stresse onde (pelo menos este pato) pode ter como única preocupação qual "o melhor ângulo" para a foto. Ele vive conectado!
A pessoa que chega até nós vem, muitas vezes, desprovida deste espaço de auscultação e empatia onde lhe é permitido expressar as suas emoções ou sentimentos dentro do sistema de relações no qual está íntima e inevitavelmente ligada. As ligações humanas, contrariamente ao "nosso" pato implicam uma linguagem e comunicação que é sempre (re)interpretada pelo outro de acordo com os seus padrões de resposta e baseados, também estes, na experiência do seu próprio sistema de relações. Temos diferentes papéis (sociais, políticos, familiares, profissionais, espirituais...) e no meio desta gigantesca montanha russa precisamos de ser de alguma forma completos, justos, honestos, leais, comprometidos, firmes, devotos, INTEIROS!
Na AM - Clínica de Psicologia e Psicoterapia damos várias cambalhotas ao processo. Ligamos metáforas a espaços, pessoas a imagens ou sons, lemos livros e sorrimos com poesia. Cantamos o «Parabéns a Você», celebramos as conquistas e homenageamos sempre, com gratidão, a vida que nos devolve cada pessoa a quem abrimos a porta para nos contar Da sua história.
Moreno (1989-1974) relembra-nos que a espontaneidade do ser humano é-lhe inata e - diluindo-se com o passar do tempo até a idade adulta - configura a capacidade que todos nós temos de arranjar uma nova solução para um problema antigo. Esta criação só nos é possível no único espaço e tempo que existe: o aqui e agora.
Podemos não ser patos, mas entre o «eu» e o «outro» é bom que possamos pesquisar e reinterpretar estes novas caminhos para problemas que já conhecemos... nem que para isso tenhamos de nos "fazer à câmara"! Por isso, e porque todas as imagens deste site são de autoria própria, este pato será parte da (nossa) história. Bem-vindos!
Vamos lá!